6 de junho de 2011

Momento Híbrido

- Eu quero isso - ela disse em voz alta - , mas não tenho! Hoje eu tentei escrever. Juro. É que minha cabeça deu voltas e voltas e não consegui colocar nada no papel. Nada. Nada.

Sabe. Me retorço da por essa tua inspiração repentina. Talvez não tão repentina assim. Mas repentina.



Essas tuas palavras curtas e acertadas para um momento comum aos tantos outros de um dia bom ou ruim de fim de tarde fria ou quente. Assim sem mais nem menos. Assim sem esperar muito de tudo e todos. Só a inspiração por consolo e já basta.

É engraçado porque você conta tão bem os pingos de chuva, os raios de Sol, as sandálias amarelas ou vermelhas com pintinhas pretas e os cadernos com folhas em branco.

Minha apreensão? Sinto medo. Tenho receio de que sua inspiração acabe e eu me perca assim nesse não sentir fortes sentimentos. Não, não queira me entender. Vou aproveitar o momento híbrido: inspiração e não-inspiração. É assim dual. E eu nem sabia.

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